A Observação e contemplação
" Os gritos interiores surgiram altos e estridentes se misturando com o caos de fora(Espaço), buzinas cheias de velocidade(Tempo), que eu não podia alcançar (Esforço) e nem respirar de tanta angustia no peito.(Corpo)
Sem ter pra onde ir chorei, chorei como nunca havia chorado e foi bom chorar, chorar poderia ser o começo de um novo olhar cheio de lagrimas que lavam.
O movimento vivo e que não para de se manifestar, ora alucinado, conflituoso, medroso , ansioso ou sufocado, engasgado , mudo sem sonho, movimento de libertação.
O silencio do vento e a voz do ar que respiro são dois amigos inseparáveis que me levam para o mar, aqui no céu interior vivo formando o cenário perfeito, sol e mar, vento e ar expiro e inspiro como protagonistas desta minha historia.
A espera não se importar com a noite, qual fosse o tempo sempre estivera a esperar.... esperando de pé , pronto a salvar o que precisava ser salvo naquele dia de uma vida inteira."
Ja conhecia os trabalhos audaciosos e inovadores de Marina Abramovic e suas instalações e performaces Contemporâneas através das pesquisas em Laban e analise do movimento.
O soltar as rédeas e deixar que o movimento frágil do ser se nutre com o abandono, com o depender do outro, da ajuda mutua, de um olhar de fora parecia mais um raio de sol quando entra numa casa bem velha que sopra um vento cálido, vento lento desacelerando o tempo.
Quantas metáforas para expressar questões existências não é mesmo? As "5 Propostas para o meio dia" (Pratica performática realizada no Rio, como finalização da pós em laban) foi a instigante performance sugerida e dirigida por Regina Miranda diretora da Pós graduação em laban, pra mim era a "escuta" portanto o silencio.
Solidão como fenda, solidão fecunda, silencio profundo que me tira das ruas do que é mais urbano e me conduz ao ceu, ao sol, ao mar, para o mar que fala de profundidade como um lugar de origem.
Ao sol que define tempo nasce clarei e revela e morre, nascente, sustenta o olhar e poente (poesia pura pra quem é observador e analista do movimento)
A trajetória foi mais ou menos assim.
Veio primeiro a pesquisa do movimento no caos urbano, depois o trabalho com a preparação corporal com os musicais. Trabalhando como preparadora corporal no musical "enlace"havia lido numa entrevista que especialistas descobriram que a poesia "é mais útil que os livros de autoajuda", já que afeta o lado direito do cérebro, onde são armazenadas as lembranças autobiográficas, e ajuda a refletir sobre eles e entendê-los desde outra perspectiva.
"A poesia não é só uma questão de estilo. A descrição profunda de experiências acrescenta elementos emocionais e biográficos ao conhecimento cognitivo que já possuímos de nossas lembranças".
No Livro :"Ser criativo" de Nachmanovitchme a arte da poesia é tecida de silencio e palavra, onde o processo criativo passa por contemplação e ação e a humildade de saber que:
" O poema existe antes de ser escrito? A ideia existe antes de ser conhecida? para onde teremos que ir para ouvir a musica que ainda não foi ouvida ? Existe um lugar em nosso corpo onde podemos nos refugiar e ouví-la ?
Então no silenciar surgiram palavras, movimentos, perspectivas novas ja que o tempo era o "agora".
O olhar (Ver depois o texto do " O olhar" ) também traria a esculta, como escultar com o olhar ? Olhar não é Enxergar pra enxergar teria que ver mais, mais do que já tinha visto varias vezes, pra isso precisei esperar, o que quase não fazemos neste tempo que não tem pausa.
Olhei o homem da praça, o que corre, o que espera, o que canta, aquela criança que chora, a senhora, a inquieta que espera no banco da praça, a cotidiana criança do sinal, o movimento do ator que não se concentra, a respiração ofegante de quem ta muito nervoso antes de entrar no palco, ação e mais poesia.
Arte da Poesia, liberdade das palavras e poder do silencio.
"O sol e o mar caminham pela praia de um lado para o outro junto comigo ensaiando as palavras que precisam falar que abrem as portas de um imenso oceano de paz e calmaria, porque a observação faz voltar calmaria, Como luz da verdade, que clareia manhã pois o sol é o tempo do dia, clareia ruas agitadas invade a casa velha, seca a roupa úmida e inesperadamente revela cores de um breve muito breve arco-iris que logo fara os olhos verem, quando se pensou que o dia já ia acabar.
O pôr deste sol silencioso, surpreende e liberta, cura do medo, liberta as palavras, nos últimos raios capazes de falar, pois a força não esta no tempo mais na intensidade do movimento com seus últimos raios por que ate o medo silenciou diante de tanta força da beleza sim porque a beleza é forte, muito forte e cura a alma, voltando a cantar feito criança pois na infância se sabe decifrar a batida das ondas numa nova linguagem que explicava a força da natureza e o acontecimento dos fatos.
Pois é neste silencio ai, pois é neste tempo ai que aprendo mais, escuto mais, escuto a mim, aprendo de ti, escuto "os que não são ouvidos", as dores mudas, as falas não faladas que tanto espero um dia escutar, que escuto mesmo sem falar. quando o silencio é capaz de fazer e falar mais do que tudo."
Pois a luz deste sol que enxergo, pois é neste mar que escuto....."
Marina Abramovic viveu um intensa história de amor com Ulay no passado e sentiram que a relação já não tinha a chama viva do amor e o brillho os fizeram desistir do olhar, e da vida juntos, cada um seguindo o seu caminho.
Depois de quase 20 anos quando Marina já era artista consagrada, o Museu de Arte Moderna (MoMa) de Nova Iorque dedicou uma retrospectiva à sua obra.
O olhar (Ver depois o texto do " O olhar" ) também traria a esculta, como escultar com o olhar ? Olhar não é Enxergar pra enxergar teria que ver mais, mais do que já tinha visto varias vezes, pra isso precisei esperar, o que quase não fazemos neste tempo que não tem pausa.
Olhei o homem da praça, o que corre, o que espera, o que canta, aquela criança que chora, a senhora, a inquieta que espera no banco da praça, a cotidiana criança do sinal, o movimento do ator que não se concentra, a respiração ofegante de quem ta muito nervoso antes de entrar no palco, ação e mais poesia.
Arte da Poesia, liberdade das palavras e poder do silencio.
"O sol e o mar caminham pela praia de um lado para o outro junto comigo ensaiando as palavras que precisam falar que abrem as portas de um imenso oceano de paz e calmaria, porque a observação faz voltar calmaria, Como luz da verdade, que clareia manhã pois o sol é o tempo do dia, clareia ruas agitadas invade a casa velha, seca a roupa úmida e inesperadamente revela cores de um breve muito breve arco-iris que logo fara os olhos verem, quando se pensou que o dia já ia acabar.
O pôr deste sol silencioso, surpreende e liberta, cura do medo, liberta as palavras, nos últimos raios capazes de falar, pois a força não esta no tempo mais na intensidade do movimento com seus últimos raios por que ate o medo silenciou diante de tanta força da beleza sim porque a beleza é forte, muito forte e cura a alma, voltando a cantar feito criança pois na infância se sabe decifrar a batida das ondas numa nova linguagem que explicava a força da natureza e o acontecimento dos fatos.
Pois é neste silencio ai, pois é neste tempo ai que aprendo mais, escuto mais, escuto a mim, aprendo de ti, escuto "os que não são ouvidos", as dores mudas, as falas não faladas que tanto espero um dia escutar, que escuto mesmo sem falar. quando o silencio é capaz de fazer e falar mais do que tudo."
Pois a luz deste sol que enxergo, pois é neste mar que escuto....."
Marina Abramovic viveu um intensa história de amor com Ulay no passado e sentiram que a relação já não tinha a chama viva do amor e o brillho os fizeram desistir do olhar, e da vida juntos, cada um seguindo o seu caminho.
Depois de quase 20 anos quando Marina já era artista consagrada, o Museu de Arte Moderna (MoMa) de Nova Iorque dedicou uma retrospectiva à sua obra.
Nessa retrospectiva, Marina partilhava um minuto de silêncio com cada estranho que se sentasse à sua frente. Ulay chegou sem que ela soubesse, e foi assim que aconteceu.
Quero ilustrar o que se fala e se escuta quem silencia :
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